Indicações
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Figurino em Preto e Branco (Walter Plunkett)
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Ator Estrangeiro (Spencer Tracy)
Grêmio dos Roteiristas da América
Prêmio de Melhor Roteiro de uma Comédia Americana (Ruth Gordon)
Sinopse
Em 1913, a jovem Ruth Gordon Jones, de dezessete anos, observa do balcão de um teatro de Boston um número de dança apresentado pela atriz Hazel Dawn. Naquela noite, no modesto apartamento de sua família em Wollaston, Ruth escuta quando seu pai, Clinton Jones, de quem mantém suas próprias aspirações teatrais em segredo, queixa-se com sua mãe, Annie, sobre suas dificuldades financeiras.
Ao receber uma foto autografada de Hazel, Ruth se emociona e comenta com seu namorado, Fred Whitmarsh, um estudante de Harvard, que ela pretende se tornar uma atriz de sucesso. Enquanto isso, Clinton, ex-marinheiro que agora trabalha em uma fábrica, diz à sua esposa que decidiu que Ruth deve entrar para o Instituto de Cultura Física de Boston a fim de estudar para se tornar uma professora de educação física.
Pouco depois, a jovem recebe uma carta de Hazel convidando-a para uma visita ao teatro após a matinê da quarta-feira, o que faz com que ela finja estar doente para sair do colégio. Vários dias depois, quando vai com seus pais assistir a uma exibição de ginástica amadora da YMCA, ela recebe um telegrama informando-a que Hazel conseguiu para ela uma entrevista com o conhecido diretor John Craig. Ao longo de toda a exibição, Ruth se mantém distraída e, ao mesmo tempo morta de vergonha, com uma ridícula participação do pai no evento.
Quando a família volta para casa, Clinton insiste no preenchimento imediato da ficha de aplicação de Ruth para o Instituto de Cultura Física, mas com o incentivo de Annie, ela timidamente fala para o pai que pretende se tornar uma atriz de teatro. Clinton admite que sempre gostou de teatro, mas permanece cético em relação ao potencial de sua filha nessa área. A jovem faz uma apresentação apressada para os pais e lhes fala sobre a próxima entrevista que terá com Craig, mas Clinton insiste que ela deve terminar o ensino médio antes de procurar trabalho.
No dia seguinte, Clinton confessa para a mulher que se acha muito preocupado com sua segurança no trabalho, pois seu colega, Dan, parece ter sido forçado a se aposentar mais cedo. Enquanto isso, Fred encontra Ruth do lado de fora do escritório de Craig e lhe propõe casamento, mas ela gentilmente recusa seu pedido. Naquela noite, uma cabisbaixa Ruth volta pra casa e diz aos pais que Craig não ficou impressionado com ela. Só então, Clinton recebe um telefonema de Dan, que lhe garante que sua aposentadoria foi uma livre escolha dele. Aliviado, ele conforta a filha e lhe promete dar a metade de seu bônus anual para que ela possa estudar interpretação em Nova York após sua graduação. Explicando sua determinação em ajudar a filha, Clinton fala pela primeira vez sobre sua própria infância infeliz, o suicídio de sua mãe e como fugiu de suas cruéis tias-avós, quando tinha apenas oito anos de idade e foi parar num navio baleeiro.
No dia em que Ruth vai partir para New York, no entanto, ele chega em casa e diz à Annie que largou o emprego após uma discussão com seu chefe. Ruth se recusa a ser derrotada pelas circunstâncias, e Clinton, impressionado com seu bom senso, lhe dá seu valioso telescópio e a instrui a vendê-lo em Nova York. Depois que Clinton diz à sua agradecida filha que sua forma de ser é toda a retribuição que seus pais precisam, a família Jones caminha junta para a estação ferroviária.
Comentários
Baseado na peça autobiográfica de Ruth Gordon, "Years Ago", na qual ela fala sobre sua decisão de se tornar atriz, embora não seja um dos melhores trabalhos de George Cukor, trata-se de um bom filme que merece ser visto. Sua trama mostra o desenvolvimento desse sonho da jovem que vive num subúrbio de Boston e que não recebe maiores incentivos por parte de seus pais.
O roteiro foi escrito pela própria Ruth Gordon que, além de realizar seu sonho de se tornar uma atriz de teatro, foi também uma vencedora no cinema, como atriz e roteirista. Dos filmes que assisti com ela como atriz, os meus dois preferidos são “O Bebê de Rosemary (Rosemary’s Baby)”, de 1968, e “Ensina-me a Viver (Harold and Maude)”, de 1971.
No elenco, o grande nome a destacar é o do ator Spencer Tracy, no papel do pai da jovem Ruth, seguido pelo de Jean Simmons, igualmente brilhante em sua interpretação. Os de Teresa Wright e Anthony Perkins vêm em seguida.
CAA