Indicações
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Trilha Sonora de um Musical (Alfred Newman, Lionel Newman )
Oscar de Melhor História para um Filme (Lamar Trotti)
Oscar de Melhor Figurino a cores (Charles Le Maire, Travilla, Miles White)
Grêmio dos Roteiristas da América
Prêmio de Melhor Roteiro de um Musical Americano (Phoebe Ephron, Henry Ephron)
Sinopse
Em 1919, Terence e Molly Donahue, marido e mulher, formam uma dupla conhecida como “Os Donahues”, que se apresenta num teatro de variedades. Anos depois, seus filhos Steve, Katy e Tim juntam-se a eles, formando assim um quinteto. Preocupada com a possibilidade das crianças virem a sofrer com seu estilo de vida nômade, Molly convence o marido a colocá-las em um colégio interno católico, mas eles sofrem com a separação e frequentemente tentam fugir. Quando o Padre Dineen lhes fala que as crianças estariam melhores ao lado deles, o casal compra uma casa em New Jersey.
Com a chegada da grande depressão, nos anos 1930, Terence e Molly são forçados a aceitar qualquer trabalho que apareça, inclusive cantando para anúncios de rádios e trabalhando em parques de diversões. Algum tempo depois, os cinemas vêm em seu socorro, quando passam a apresentar um show ao vivo antes de suas exibições. Em 1937, quando os filhos termimam o ensino médio, “Os Donahues” voltam a ser cinco, com Katy concentrando-se na dança, Steve demonstrando possuir uma voz invejável e Tim, sendo um artista versátil como o pai. A família revela-se um tremendo sucesso ao se apresentar no Teatro Hippodrome de NovaYork, onde a performance de “Alexander’s Ragtime Band" emociona o público.
Certa noite, depois de um show, uma preocupada Molly e Terence voltam para casa sozinhos, Steve resolve dar uma volta, enquanto Katy e Tim acabam em uma boate onde ele beija Vicky Hoffman. Vicky, no entanto, esquece as piadas de Tim quando Eddie Dugan, seu agente, lhe informa que persuadiu o famoso produtor Lew Harris a visitar a boate. Com a ajuda de seus colegas de trabalho, Vicky sobe ao palco e impressiona Harris e Tim com seu canto. Nos bastidores, ela descobre que Tim é um dos conhecidos Donahues, mas rapidamente o dispensa para falar de negócios com Harris. Ao voltar para casa, Steve informa sua família que decidiu ser um padre. Terence se mostra perturbado com a decisão do filho, mas sua discussão é interrompida com a chegada de Tim, embriagado por ter sido dispensado por Vicky.
Depois que Steve vai para o seminário, os quatro Donahues remanescentes aceitam um compromisso em Miami. Ao chegar lá, Tim se mostra emocionado ao descobrir que Vicky, agora conhecida como Vicky Parker, também está se apresentando na cidade.
Katy começa a namorar Charles Biggs, um letrista do show, enquanto Tim continua a se encontrar com Vicky. Depois de um mal-entendido com Vicky, sobre a data de um jantar, Tim sai bebendo com uma garota do coro e termina sofrendo um acidente de carro. Molly e Terence ficam sabendo do acidente poucas horas antes da noite de abertura do show, para o qual Vicky e Katy estão ensaiando. Terence vai para o hospital para confrontar o filho sobre sua conduta. Tim rejeita os conselhos do pai, e Terence, depois de lhe dar uma bofetada no rosto, deixa o hospital completamente perturbado. No dia seguinte, ele e Molly voltam ao hospital para pegar o filho, mas descobrem que ele desapareceu, deixando apenas uma nota pedindo desculpas por seu comportamento.
Molly convence Harris de que ela pode substituir Tim. Steve, convocado para o exército, como capelão, é enviado para a Europa, onde seu paradeiro é desconhecido. Semanas depois, o show é um sucesso, mas Terence continua inconformado com o desaparecimento do filho. Meses depois, em um show beneficente no Teatro Hippodrome de NovaYork, Steve entra inesperadamente para a alegria de todos. Logo em seguida, vestindo um uniforme da Marinha dos Estados Unidos, Tim aparece atrás deles. Emocionados por estarem novamente reunidos, os cinco Donahues, com Vicky segurando fortemente a mão de Tim, vão ao palco e reprisam a “Alexander’s Ragtime Band”, de Irving Berlin.
Comentários
Realizado pelo cineasta Walter Lang, a partir de um roteiro escrito por Phoebe Ephron e Henry Ephron, “O Mundo da Fantasia” é uma ótima comédia musical produzida pela Twentieth Century Fox Film Corporation em 1954. Sua trama, baseada numa estória de Lamar Trotti, é uma verdadeira homenagem a Irving Berlin, músico americano de origem russa, ao apresentar em sua trilha sonora, nada menos que dezoito canções de sua autoria.
Além do ótimo trabalho desenvolvido por Lang, o filme é muito bem fotografado em CinemaScope, tem uma bela trilha sonora a cargo de Alfred Newman e conta com um bem cuidado figurino assinado por Charles Le Maire. No elenco, Ethel Merman brilha no papel de Molly Donahue, seguida pelas ótimas atuações de Dan Dailey, Donald O’Connor, Marilyn Monroe e Mitzi Gaynor.
CAA