Sinopse
Na província da Galiléia, sob o governo de Tibério César, o Rei Herodes e a Rainha Herodíades sentam-se no trono e são condenados por um profeta conhecido como João Batista. Ela se ressente da denúncia do profeta, que a considera adúltera por ter se casado com o rei, irmão de seu ex-marido. Herodes, no entanto, não toma qualquer providência contra a pregação de João Batista, temendo que ele seja o Messias anunciado. Em Roma, Tibério nomeia Pôncio Pilatos como governador da Judéia, com a principal missão de manter a paz.
Quando seu sobrinho Marcellus Fabius pede permissão para se casar com a bela filha de Herodíades, a Princesa Salomé, César rejeita seu pedido lembrando-o que ele deve se casar com uma jovem romana e não com uma bárbara. Por outro lado, Salomé é banida de Roma e escoltada para a Galiléia no mesmo navio em que Pôncio Pilatos viaja, apesar de ter vivido em Roma a maior parte de sua vida. Durante a viagem, ela encontra Cláudio, um soldado romano designado para trabalhar no palácio de Herodes. Ele se mostra interessado nela, mas ela permanece distante. Quando ela lhe pede água potável para tomar seu banho, ele traz água do mar e aproveita a ocasião para lhe dar um longo beijo, ganhando uma tapa no rosto.
Ao chegarem à Judéia, Salomé e sua escolta, liderada por Cláudio, se deparam com uma multidão que está sendo batizada por João Batista à beira de um rio. Cláudio, secretamente convertido à nova religião, salva o profeta quando ele é atacado por pregar contra Roma. Naquela noite, ele deixa o acampamento e visita João Batista, ocasião em que este lhe pede para não voltar a arriscar sua vida por ele.
No dia seguinte, no palácio, Herodíades recebe com alegria a notícia da chegada de sua filha, mas se mostra preocupada com as intenções lascivas do rei, que se maravilha com a beleza da jovem. Ao procurar seu conselheiro, este lhe diz que ela pode usar o desejo do rei em seu próprio benefício, já que ela está presa em um casamento sem amor e deseja preservar o trono para sua filha. À noite, durante um jantar formal de boas-vindas ao novo Governador, chega a notícia de que João Batista chegou à cidade. Para espanto de Pilatos e Herodíades, ao invés de tomar qualquer ação, Herodes continua a bajular Salomé. Por outro lado, esta se mostra intrigada com o medo que sua mãe tem de João Batista e permanece cética quando Cláudio revela que acredita ser João Batista um profeta.
Algumas noites depois, disfarçada com vestes simples, Salomé vai até um mercado para ouvir João Batista falar para uma multidão. Quando o profeta condena Herodíades por ignorar a lei, como uma adúltera, ela defende a mãe. Ao retornar ao palácio, Salomé procura a mãe, a quem sugere que deixe o rei, mas esta revela que só está com Herodes para garantir-lhe a herança do trono. Chateada, a jovem suplica a Cláudio que prenda João Batista para tranquilizar sua mãe. Embora ela o cubra de beijos românticos, o soldado se nega a atendê-la, alegando que não tem autoridade para tanto, deixando-a magoada e decepcionada.
Desesperada para acabar com acusações públicas de João Batista, Herodíades contrata um assassino para acabar com o profeta durante seu próximo sermão, mas Cláudio, disfarçado como se fosse um pastor local, intervém e exige que o assassino seja levado à presença do rei. Embora o homem se recuse a confessar, Herodes percebe que Herodíades está por trás do atentado e decide que João Batista seja trazido à sua presença.
No dia seguinte, a detenção do profeta agita o povo, e Salomé, acreditando que Cláudio é o responsável por sua prisão, fica contente. Na Câmara dos Ministros, João Batista declara que ele não é o Messias e que prega apenas a verdade, mas sob a coerção de Herodes, o profeta é declarado culpado. Em particular, o rei se oferece para salvar a vida de João Batista se ele parar com suas denúncias, mas este se recusa e é preso. Ao tomar conhecimento do ocorrido, Cláudio suplica a Herodes que liberte João Batista sob a alegação de que sua prisão terá, como consequência, a revolta do povo. Quando o rei se recusa a atendê-lo, o policial vai à Jerusalém para uma audiência com Pilatos.
Na audiência, Cláudio diz a Pilatos que uma rebelião na Galiléia pode se espalhar por outras províncias, mas o governador da Judéia quer João Batista morto. Como o policial insiste na liberdade do profeta, Pilatos percebe que ele se converteu à nova religião. Entretanto, devido à sua longa amizade, o governador não o prende, mas ordena que ele volte para Roma no próximo navio. Pouco tempo depois, Cláudio ouve falar de um milagreiro em Belém e viaja para conhecê-lo. Ao chegar lá, ele testemunha um sermão e a cura de doentes proporcionados por um carpinteiro que vem ganhando reputação no campo. Em seguida, ele retorna ao palácio de Herodes, onde Salomé corre para cumprimentá-lo com um abraço em lágrimas. Enquanto isso, Herodíades observa ansiosamente a agitação pública crescente pela libertação de João Batista e se mostra disposta a tudo para calar a boca do profeta.
Horrorizada, Salomé procura Cláudio, que a leva até a cela de João Batista e descreve como o carpinteiro ressuscitou um homem que havia morrido. Ao ouvir o relato do soldado, João Batista declara que o carpinteiro é o Messias profetizado. Na ocasião, Salomé confessa seus pecados e o profeta a abençoa. Em seguida, Cláudio diz à Salomé que arriscará seu posto para libertar João Batista, mas ela insiste que, naquela noite, irá dançar para Herodes e aproveitará a ocasião para solicitar sua liberdade.
No entanto, à noite, enquanto Salomé dança, Herodes diz à Herodíades que fará qualquer coisa por ela, uma vez que está muito contente com o espetáculo. Herodíades aproveita a oportunidade para lhe pedir a cabeça de João Batista e seu conselheiro, Micha, rapidamente leva um carrasco até a cela onde se encontra o profeta. Apesar da reação de Cláudio, Micha e seus homens conseguem pegar João Batista, que em seguida é decapitado antes de Salomé terminar sua dança. A cabeça do profeta é colocada numa bandeja de prata e entregue à Herodíades. Ao tomar conhecimento do ocorrido, Salomé, horrorizada, denuncia sua mãe, que planejou e ordenou a execução de João Batista e, em seguida, foge com Cláudio para o interior onde, convertidos ao cristianismo, assistem Cristo proferir o Sermão da Montanha sobre as bem-aventuranças.