Indicações
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Trilha Sonora de um Musical (André Previn)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Revelação Feminina (Debbie Reynolds)
Grêmio dos Roteiristas da América
Prêmio de Melhor Roteiro de um Musical Americano (George Wells)
Sinopse
Na cidade de Nova York, em meados da década de 1910, Bert Kalmar chega ao ápice de sua carreira como um artista de vaudeville, com sua parceira de dança, Jessie Brown. Entre um show e outro, ele compõe música e secretamente se entrega a outro passatempo favorito: apresentar-se como mágico. Bert e Jessie acham-se apaixonados, mas quando ele lhe propõe casamento, ela insiste que devem esperar um melhor momento. Apresentando-se como "Kendall, o grande", ele, ocasionalmente, realiza alguns shows em um teatro de Coney Island.
Certo dia, enquanto se prepara para seu show de magia, Bert encontra Harry Ruby, um cantor que toca piano no teatro de Coney Island. Harry, instruído por seu chefe para atuar como assistente do mágico, transforma sua apresentação num verdadeiro desastre. Bert se mostra irritado com o fiasco, e preocupado ao descobrir que seu agente, Charlie Kope e Jessie, que estavam na plateia, agora sabem de seu bico clandestino. Mais tarde, ele tenta incorporar alguns de seus temas do show de magia em suas apresentações com Jessie, mas ela rejeita categoricamente suas ideias. Os dois continuam realizando suas apresentações de vaudeville, até o dia em que ele fere o joelho em um acidente nos bastidores. Para sua angústia, seu médico o informa que sua lesão o impedirá de dançar por pelo menos um ano.
Na esperança de que, agora, Bert terá mais tempo para se dedicar a ela, Jessie sugere que eles retomem seus planos de se casarem, mas ele rejeita a ideia. Ela, então, decide deixá-lo e partir em uma turnê própria. Pouco tempo depois, na biblioteca de música Al Masters, Bert ouve uma melodiosa canção sendo tocada em um piano, na sala ao lado, e pede para conhecer o compositor. Para sua surpresa, trata-se de Harry, e embora se lembre de seu primeiro encontro desastroso com ele, ele o perdoa e os dois começam a escrever canções juntos. Após sua primeira canção, "My Sunny Tennessee," Bert e Harry escrevem uma canção atrás da outra, embora Bert se mostre cada vez mais deprimido por conta de sua separação de Jessie.
Certo dia, Harry tenta ajudar o parceiro a superar sua depressão, levando-o até Buffalo, onde Jessie está realizando seu show. Uma vez lá, os dois retomam seu romance, e Jessie volta para Nova York com Bert, comprometendo-se a apoiá-lo em sua parceria com Harry. Enquanto isso, Harry inicia um romance com Terry Lordel, uma cantora sensual que o está usando apenas para promover sua carreira. Percebendo que Harry está cego em relação aos planos de Terry, Bert decide protegê-lo de uma inevitável desilusão, enviando-o à Florida para passar um tempo com sua equipe favorita de baseball, “The Washington Senators”. Algum tempo depois, ao retornar para Nova York, Harry descobre que Bert o substituiu por outro parceiro.
Pouco tempo depois, Harry toma conhecimento de uma peça que Bert terminara de escrever e, certo de que ele irá falhar, secretamente sabota o financiamento pedido por Bert. Tão logo se dá a estreia da peça “Animal Crackers”, para a qual os dois contribuíram com suas canções, Harry se apaixona por Eileen Percy, uma bela atriz. Certa noite, durante uma festa, Bert descobre a verdade sobre o envolvimento de Harry, na sabotagem de sua peça, e decide terminar com a parceria. Em seguida, ele se muda para Hollywood, onde se torna um roteirista bem sucedido, enquanto Harry continua a compor suas músicas. Harry se casa com Eileen que, com a ajuda de Jessie, organiza secretamente uma reunião de Bert e Harry no programa de rádio de Phil Regan. Ao se encontrarem, os dois comemoram o reencontro cantando algumas de suas canções. No final, Bert surpreende Harry ao cantar uma composição dele, “"Three Little Words," para a qual secretamente escreveu a letra.
Comentários
Realizado pelo cineasta Richard Thorpe, a partir de um roteiro escrito por George Wells, “Três Palavrinhas” é um excelente musical produzido pela Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) em 1950. Sua trama é marcada por uma boa dose de música, dança e comédia, o que prende a atenção daqueles que tiveram a oportunidade de acompanhar a famosa era de ouro de Hollywood.
A direção de Thorpe é consistentemente boa, apresentando um ótimo ritmo do início ao fim. Por outro lado, a magnífica trilha sonora é marcada por grandes números musicais de autoria de Bert Kalmar e Harry Ruby, onde se destacam, dentre outros, “Three Little Words”, “Who's Sorry Now?”, “Nevertheless”, “My Sunny Tennessee”, “I Wanna Be Loved by You”.
No elenco, com excelentes atuações, destacam-se os talentos de Fred Astaire, Vera Ellen, Red Skelton e Arlene Dahl. Debbie Reynolds, aos 18 anos de idade, foi indicada ao Globo de Ouro de Melhor Revelação Feminina.
Enfim, “Três Palavrinhas” é um filme imperdível para os amantes dos grandes musicais da Metro-Goldwyn-Mayer.
CAA