Prêmios
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Roteiro Original (Albert Lamorisse )
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio Especial (França)
Festival Internacional de Cannes, França
Palma de Ouro de Melhor Curta-Metragem (Albert Lamorisse)
Indicações
Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro (Albert Lamorisse)
Sinopse
Pascal é um garoto de cinco a seis anos que vive com a mãe, num bairro pobre de Paris, em meados dos anos 50. Certa manhã, em seu caminho para a escola, ele descobre um grande balão vermelho preso num poste de iluminação. Fascinado com a descoberta, decide tentar pegar o balão, tarefa não muito fácil por ser ainda uma criança.
Seu esforço, entretanto, é recompensado e, logo nos seus primeiros contatos com o que considera seu novo brinquedo, Pascal descobre que o balão vermelho tem uma mente e vontade própria, bem como, que obedece às suas ordens. Assim, os dois se tornam inseparáveis. Em locais onde não é permitida sua entrada, o balão aguarda do lado de fora a saída de Pascal. É o que ocorre em sua própria casa, onde, por proibição da mãe do garoto, o balão permanece flutuando do lado de fora, defronte à janela do quarto do amigo.
Em suas caminhadas pelas ruas de Paris, os dois chamam a atenção de adultos curiosos e, principalmente, provocam inveja de garotos e adolescentes. Certo dia, ao conseguir entrar na sala de aula de Pascal, o balão causa um alvoroço entre os alunos, chamando a atenção do Diretor que, em represália, põe o garoto de castigo em seu escritório até a hora do fechamento da escola. Por outro lado, é com alegria que os dois amigos encontram uma garotinha carregando um balão azul que, aparentemente, também possui vontade própria.
No dia seguinte, ao caminharem pelas ruas das redondezas, Pascal e seu amigo são perseguidos por uma numerosa gangue de adolescentes, fato que termina com a completa destruição do balão vermelho. Desolado com o ocorrido, Pascal é, no entanto, surpreendido quando dezenas de balões semelhantes surgem pelos céus de Paris e vêm ao seu encontro, levando-o em seguida para um passeio panorâmico por sobre a cidade, para um mundo mágico onde balões e crianças podem ser amigos para sempre.
Comentários
“O Balão Vermelho” é um magnífico curta-metragem francês de 1956. Escrito, dirigido e produzido pelo cineasta Albert Lamorisse, o filme conta-nos a história simples de um garoto, de forma bastante comovente e encantadora, falando de altruísmo e sacrifício. O balão, por exemplo, desiste de sua vida para salvar o menino que confia cegamente em sua amizade. Temas outros como xenofobia e lealdade acham-se igualmente presentes nessa bela obra-prima, exemplo clássico do quanto pode ser feito em um prazo bastante limitado (34 minutos), quando se dispõe de uma história convincente e de um grande cineasta por trás das câmeras.
É ainda indispensável registrar que tamanha beleza foi realizada com quase nenhum diálogo, bem como, que a música de Maurice Le Roux é mais um de seus pontos fortes.
Finalmente, devo dizer que “O Balão Vermelho” é para mim um clássico atemporal, recomendável para todas as idades.
CAA