Sinopse
Na Inglaterra do século XVII, James, Duque de Brampton, exorta o rei Charles II a assinar uma sentença de morte contra um ex-aliado, agora acusado de traição. Quando o Duque parte, um caderno cai de seu casaco e ele nervosamente o recupera antes que o rei consiga perceber o ocorrido. Enquanto isso, na Normandia, Sir Edward Scott entra em contato com Lady Mary, que há dez anos se acha no exílio, e a informa que seu pai foi enforcado por traição. Na ocasião, Sir Edward lê uma carta do falecido pai de Mary, falando de conselheiros traiçoeiros do rei e de rumores de que metade dos bens confiscados para a Coroa foi parar no bolso do próprio Brampton. Enfurecida, Lady Mary se mostra decidida a retornar para a Inglaterra a fim de vingar a morte de seu pai.
Certa noite, o treinador de Brampton é assaltado por homens mascarados, que tomam seu caderno juntamente com seus pertences. Mais tarde, no esconderijo dos assaltantes, em uma taverna, Henry Wynch se recusa a comprar as joias e seu líder, Michael Dermott, deduz a identidade de sua vítima. Em seguida, Michael inspeciona o caderno de Brampton e descobre que o mesmo contém os nomes de vários nobres, juntamente com uma contabilidade completa de sua riqueza e uma data.
Mais tarde, Mary vai a um Clube de Jogos em Londres, e senta sozinha na mesa de Brampton. Depois que ela perde todo o seu dinheiro, Michael se aproxima e coloca as joias roubadas sobre a mesa, oferecendo-se para quitar suas dívidas. Discretamente, ele menciona o caderno, prometendo entrar em contato com o Duque mais tarde. Em seguida, ele a acompanha até o local onde ela se acha hospedada, quando lhe diz que ele e seus homens lutaram para devolver o trono ao rei, mas nunca foram pagos por seu empenho. Na ocasião, ela lhe fala sobre seu pai e, quando ele está prestes a beijá-la, Brampton e seus homens aparecem.
O Duque diz que Michael foi ouvido proferindo comentários de traição e sugere que ele pode salvar sua vida, devolvendo o caderno. Em seguida, ele envia Michael com seus homens para recuperar o caderno. Mais tarde, os ladrões percebem que os dois primeiros nomes que se acham no caderno do Duque são dos homens recentemente enforcados por traição e especulam que as outras pessoas que se acham na lista podem estar dispostas a pagar para obter informações sobre suas execuções agendadas.
Os homens de Duque aparecem de repente e Michael é ferido durante a fuga com seu amigo, Jack. Eles se refugiam na casa de uma família Quaker, que prontamente cuida dos ferimentos de Michael. Na manhã seguinte, Jack retorna com Lady Mary, e Michael lhe mostra o caderno. Só então, Brampton aparece com seus homens e, depois de derrotar Michael em uma luta de esgrima, prende-o juntamente com Jack e recupera o caderno. Dois outros companheiros de Michael, Sheldon e Skene, continuam foragidos, no entanto, e Brampton dá ordens para que Lady Mary passe a noite na cela de Michael, a fim de descobrir o paradeiro deles, ameaçando deportá-la para as colônias se ela falhar.
Na cela, Lady Mary dá a Michael uma faca e o ajuda a fugir, ocasião em que ele lhe diz o nome de seu esconderijo. Na carruagem de Brampton, ela finge estar doente e pede para ser levada a um boticário, genro de seu leal servo Simon. Este está esperando por ela e, com a ajuda de sua família, promove sua fuga. Enquanto isso, Michael usa a faca para remover os grilhões dele e de Jack, e juntos, os dois conseguem cavar um túnel e escapar da prisão. Simon está esperando por eles na taverna e os leva para seus aposentos, onde Michael se mostra feliz ao rever Lady Mary.
Por outro lado, o Capitão Herrick, assessor de Brampton, que foi feito prisioneiro durante a fuga de Lady Mary, revela tudo sobre o esquema do Duque, que deverá culminar com a derrubada do rei Charles II. Ele chegou a pensar em avisar o rei, mas percebeu que uma audiência com ele só poderia ser agendada através de Brampton. Enquanto isso, Michael elabora um plano para roubar as joias da Coroa e obter acesso ao rei. Assim, passando-se por primo de Brampton e sua esposa, ele e Lady Mary vão à Torre de Londres e conseguem uma visita guiada às salas das joias. Uma vez lá, enquanto o curador, Sir Gilbert Talbot, mostra à Lady Mary o Observatório, Michael rouba as joias e domina o guarda, Jacob Hall.
A fuga de Michael e Lady Mary, no entanto, é interrompida com a chegada do Rei em companhia de Brampton. Ajoelhando-se diante do monarca, Michael e Lady Mary revelam os planos do Duque, que reage ao apontar uma espada contra Michael. Os dois se envolvem numa feroz luta de espadas e, ao derrotá-lo, Michael exige o caderno e o entrega ao Rei. Mais tarde, depois que Brampton é enforcado, o Rei convoca Michael e cada um de seus homens, aos quais é oferecida uma generosa renda anual para trabalharem para seu reinado. No final, o Rei observa com carinho quando Michael e Lady Mary se beijam.
Comentários
Realizado pelo cineasta Robert Z. Leonard, a partir de um roteiro escrito por Christopher Knopf, “O Ladrão do Rei” é um filme norte-americano produzido pela Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) em 1956. Sua trama, baseada numa estória de Robert Hardy Andrews, envolve uma conspiração para derrubar o rei Charles II da Inglaterra.
Partindo de um roteiro que deixa a desejar, a direção de Leonard se mostra apenas razoável. Embora filmado em CinemaScope, na área técnica destacam-se apenas o figurino de Walter Plunkett e a trilha sonora assinada pelo grande Miklós Rózsa.
No elenco, Edmund Purdom e Roger Moore compartilham a melhor cena do filme, ao fugirem da prisão na Torre de Londres. Com atuações bastante convincentes, encontram-se David Niven, George Sanders e Ann Blyth.
CAA