CRIA CORVOS (1976)
Cría cuervos...
Ficha Técnica
Outros Títulos: |
Jeugdblik (Bélgica) Den spanske ravn (Dinamarca) Cría cuervos... korppi sylissä (Finlandia) Nevelj hollót... (Hungria) Θρέψε Κοράκια (Grécia) Ravnene (Noruega) Ana (Suécia) Raise Ravens (Reino Unido) Выкорми ворона (União Soviética)
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Pais: |
Espanha |
Gênero: |
Drama |
Direção: |
Carlos Saura |
Roteiro: |
Carlos Saura |
Produção: |
Elías Querejeta |
Fotografia: |
Teo Escamilla |
Edição: |
Pablo G. del Amo |
Figurino: |
Maiki Marín |
Guarda-Roupa: |
Angelines Castro |
Maquiagem: |
Romana Gonzalez, Concepción Cano |
Efeitos Sonoros: |
Bernardo Menz, Antonio Illán, Miguel Ángel Polo |
Nota: |
9.5 |
Filme Assistido em: |
1977 |
Elenco
Ana Torrent |
Ana, criança |
Geraldine Chaplin |
Maria / Ana |
Conchita Pérez |
Irene |
Mayte Sanchez |
Maite |
Mónica Randall |
Paulina |
Florinda Chico |
Rosa |
Josefina Díaz |
Abuela |
Germán Cobos |
Nicolás Garontes |
Héctor Alterio |
Anselmo |
Mirta Miller |
Amelia Garontes |
Julieta Serrano |
. |
Juan Sánchez Almendros |
. |
Prêmios
Festival Internacional de Cannes, França
Grande Prêmio do Júri (Carlos Saura)
Círculo dos Roteiristas de Cinema, Espanha
Prêmio de Melhor Direção (Carlos Saura)
Sindicato Francês dos Críticos de Cinema, França
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro (Carlos Saura)
National Board of Review, USA
Prêmio NBR dos Melhores Filmes Estrangeiros
Prêmios ACE, Nova York, Estados Unidos
Prêmio ACE de Melhor Filme (Espanha)
Prêmio ACE de Melhor Atriz (Geraldine Chaplin)
Prêmio ACE de Melhor Ator Coadjuvante (Héctor Alterio)
Prêmio ACE de Melhor Direção (Carlos Saura)
Indicações
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro (Espanha)
Festival Internacional de Cannes, França
Prêmio Palma de Ouro (Carlos Saura)
Prêmios César - Academia das Artes do Cinema, França
César de Melhor Filme Estrangeiro (Carlos Saura)
Prêmios Sant Jordi de Barcelona
Prêmio de Melhor Filme Espanhol (Carlos Saura)
Sinopse
Ana, uma garota de oito anos, aproxima-se do quarto de seu pai, quando ouve a voz de uma mulher confessando seu amor por ele. Descendo a escada, ela vê uma atraente mulher, de meia-idade, que se veste depressa e corre para a porta de saída da casa. A mulher e Ana trocam olhares, mas não se falam. Em seguida, Ana entra no quarto e encontra seu pai morto, aparentemente de um ataque cardíaco. Como se não estivesse entendendo a gravidade da situação, Ana tira um copo com leite que ela leva para a cozinha e o limpa. Na cozinha, ela vê sua mãe, que a repreende por estar acordada tão tarde, e a manda para a cama.
A morte do pai de Ana, um oficial do exército, é real. Por outro lado, a presença de sua mãe é uma fantasia, já que ela havia morrido, algum tempo atrás, de câncer. Sua imagem é apenas uma ilusão fantasiosa da mente da criança. Culpando o pai pela doença e morte da mãe, Ana havia dissolvido um pó misterioso, que ela acreditava ser veneno, no copo dele, como um ato voluntário de assassinato. No velório de seu pai, Ana vê novamente a mulher misteriosa. Seu nome é Amélia e ela é a esposa de um grande amigo de seu pai e colega militar. A satisfação de Ana de se livrar da presença do pai é curta, pois uma irmã dele, sua tia Paulina, logo chega para arrumar a casa. A família, só de mulheres, é completada com sua avó, muda e à espera da morte em uma cadeira de rodas, e pela arrogante governanta, Rosa. Ana se refugia no porão, onde guarda o pó e é observada por uma aparição de si mesma, vinte anos depois.
A Ana adulta, parecendo exatamente com sua mãe, relata sua infância. Os pequenos rituais da vida cotidiana preenchem os dias de Ana durante as férias de verão da escola. Torturada pelas lembranças da doença de sua mãe, Ana se rebela contra o estilo autoritário de sua tia e, em crises de solidão, ela imagina diversas vezes a presença contínua de sua mãe, ou mesmo seu próprio suicídio. Embora desviada pela presença de suas duas irmãs, suas companheiras são a criada Rosa e sua cobaia de estimação, Roni, que ela descobre morta em sua gaiola. A dolorosa morte da mãe de Ana por câncer, o suposto assassinato de seu pai, a morte de sua cobaia e o próprio suicídio imaginado pesam em sua mente. Ana até oferece à avó a oportunidade de morrer e se livrar da solidão, oferecendo-lhe uma colher de veneno. A velha rejeita a oferta de Ana e percebe que o pó é simplesmente bicarbonato de sódio.
Ana adulta explica a obsessão da criança com o pó. Sua mãe uma vez lhe disse que era um veneno tão forte que uma colher iria matar um elefante. A adulta Ana explica a obsessão da criança em querer matar o pai. Segundo ela, seu pai parecia ser responsável pela tristeza que pesava sobre sua mãe nos últimos anos de sua vida. Ela estava convencida de que ele, sozinho, provocara a doença dela. No entanto, com o passar do tempo, bateu-lhe um remorso, juntamente com um sentimento de culpa, por achar-se responsável pela repentina morte do pai.
Comentários
Escrito e dirigido pelo grande cineasta espanhol, Carlos Saura, "Cris Corvos" é um filme produzido em 1976. Sua trama, extraordinariamente tocante, lembra o estilo dos dramas familiares de Ingmar Bergman.
Na direção, Saura realiza um excelente trabalho, complementado pela ótima fotografia de Teodoro Escamilla, bem como, por sua bela trilha sonora, onde se destaca a canção "Porque te vas", escrita por José Luis Perales e interpretada por Jeanette.
Enfim, "Cris Corvos" é um filme que recomendo fortemente.
CAA