Sinopse
Em novembro de 1963, logo após o assassinato de John F. Kennedy, Peter Miller, um repórter alemão de crimes, segue uma ambulância até o apartamento de Salomon Tauber, um judeu sobrevivente do holocausto que cometeu suicídio. No dia seguinte, Miller recebe o diário do morto de um amigo da polícia. Depois de ler a história da vida de Tauber e saber que ele esteve no gueto de Riga, comandado por Eduard Roschmann, "O açougueiro de Riga", Miller resolve procurar Roschmann. A atenção de Miller é especialmente atraída para uma passagem do diário em que Tauber descreve ter visto Roschmann atirar em um capitão do exército alemão que usava uma decoração militar incomum.
Miller visita o escritório do procurador geral do Estado e outros escritórios onde descobre que ninguém está preparado para procurar ou processar ex-nazistas. Mas suas investigações o levam ao famoso investigador criminal de guerra, Simon Wiesenthal, que lhe fala sobre a sociedade "ODESSA". Em seguida, Miller é abordado por um grupo de vigilantes judeus, que juraram procurar criminosos de guerra alemães e matá-los.
Em seguida, Miller é convidado a se infiltrar na "ODESSA". Um ex-membro da SS que trabalha com os vigilantes o treina para passar por um ex-sargento da SS. Em seguida, Miller visita um advogado que trabalha para a "ODESSA" e, depois de passar por um escrutínio severo, é enviado para se encontrar com um falsificador de passaportes. Assim, lentamente, Miller desvenda todo o sistema, apesar de sua identidade ficar comprometida, em parte por sua decisão imprudente de usar seu próprio carro. O empobrecido homem da SS, que ele está representando, não teria condições de comprar um carro esportivo e a ODESSA" coloca seu principal assassino na trilha de Miller. Este escapa de uma armadilha por pura sorte, quando o assassino instala uma bomba em seu carro. É que sendo seu carro esportivo, sua suspensão é muito rígida, o que impede que a bomba seja acionada enquanto ele dirige. Assim, Miller confronta Roschmann com uma arma e o obriga a ler o diário de Tauber. Roschmann tenta justificar suas ações, mas fica surpreso quando Miller diz, sem rodeios, que não o localizou por ser um assassino de judeus. Assim, toda a arrogância de Roschmann o abandona e ele implora por sua vida. Ao invés de matá-lo, Miller o algema na lareira e lhe diz que planeja prendê-lo e processá-lo.
Pouco tempo depois, Miller é apanhado de surpresa quando o guarda-costas de Roschmann volta para casa, o desarma e o deixa inconsciente. Em seguida, o guarda-costas pega o carro de Miller e e dirige à vila para pedir ajuda, mas é morto quando passa por um poste coberto de neve, cujo impacto é forte o suficiente para acionar a bomba.
Enquanto Miller se recupera num hospital, ele é informado do que aconteceu enquanto ele se achava inconsciente. Josef, um agente israelense, o informa que Roschmann conseguiu escapar ao voar para a Argentina. Ele revela ainda que, com Roschmann na Argentina, as autoridades da Alemanha Ocidental fecharão suas instalações industriais que estavam produzindo sistemas de orientação de foguetes para o exército egípcio. O plano da "ODESSA" de obliterar o Estado de Israel, combinando o know-how tecnológico alemão com armas biológicas egípcias, foi frustrado. Além disso, as informações de Miller chegam ao público e embaraçam as autoridades da Alemanha Ocidental o suficiente para prender e processar um grande número de membros da "ODESSA".
Comentários
Realizado pelo cineasta britânico Ronald Neame, a partir de um roteiro escrito por Kenneth Ross e George Markstein, "O Dossiê de Odessa" é um bom filme marcado por uma boa dose de suspense do início ao fim. Sua trama foi baseada em um dos primeiros sucessos do famoso escritor Frederick Forsyth.
Na direção, Neame realiza um bom trabalho, capaz de prender a atenção do espectador e gerar uma tensão em volta do destino do protagonista. Ainda na área técnica, merece igualmente ser registrada a ótima trilha sonora, assinada por Andrew Lloyd Webber, por ajudar a valorizar a narrativa.
No elenco, Maximilian Schell é o maior destaque como um nazista arrogante, seguido pelas ótimas atuações de Jon Voight, Derek Jacobi e Klaus Lowitsch.
Enfim, "O Dossiê de Odessa" é um filme que recomendo para os amantes do gênero.
CAA