Indicações
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Edição (Ralph Kemplen)
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Filme
Prêmio de Melhor Trilha Sonora (Nicholas Stevenson, Bob Allen )
Prêmio de Melhor Roteiro (Kenneth Ross)
Prêmio de Melhor Direção (Fred Zinnemann)
Prêmio de Melhor Ator Coadjuvante (Michael Lonsdale)
Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante (Delphine Seyrig)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme - Drama
Prêmio de Melhor Roteiro (Kenneth Ross)
Prêmio de Melhor Direção (Fred Zinnemann)
Sinopse
Em 22 de agosto de 1962, uma tentativa para assassinar o presidente francês Charles de Gaule é levada a efeito pela organização clandestina OAS, “Organisation Armée Secrète”, pelo fato do governo francês ter concedido a independência da Argélia. À medida que a comitiva do presidente passa, o carro do presidente é metralhado, mas toda a comitiva escapa sem ferimentos. Em seis meses, o líder da OAS, Jean Bastien-Thiry, e vários outros membros da organização são capturados e Bastien-Thiry é executado.
Os demais líderes da OAS, agora escondidos na Áustria, decidem fazer outra tentativa e contratar um assassino profissional britânico, cujo codinome é “Chacal”. Nesse sentido, eles promovem vários assaltos a bancos com a finalidade de conseguirem pelo menos US$ 500.000, valor a ser pago a Chacal pelo assassinato do presidente. Enquanto isso, o assassino viaja para Gênova, onde encomenda um rifle feito sob medida e documentos de identidade falsos.
Em Roma, onde os membros da OEA se instalaram, membros do Serviço de Ação da França seqüestram seu principal funcionário, Viktor Wolenski, que vem a falecer ao ser submetido a um interrogatório, mas não antes de os agentes conseguirem extrair algumas informações importantes sobre a organização criminosa, incluindo o nome “Chacal”. Em seguida, o Ministro do Interior convoca uma reunião secreta dos chefes das forças de segurança francesas. Quando solicitado a fornecer seu melhor detetive, o Comissário de Polícia Berthier recomenda seu vice, Claude Lebel, o qual recebe poderes especiais de emergência para conduzir sua investigação, tarefa que se torna complicada pela recusa de De Gaulle de mudar suas planejadas aparições públicas.
O Coronel St. Clair, assessor pessoal do Presidente e um dos membros do gabinete, revela o que o governo sabe para sua amante, Denise, que transmite essas informações para seu contato com a OEA. Enquanto isso, Claude Lebel acredita que o suspeito britânico Charles Calthrop pode estar viajando com o nome de Paul Oliver Duggan, que morreu quando criança.
Embora lhe seja informado que as autoridades estão sabendo de seus planos, Chacal não desiste. Assim, pouco antes de Lebel e seus homens chegarem, ele se dirige à propriedade rural de Madame de Montpellier onde, depois de dormir com ela e descobrir o que a polícia andou conversando com ela, ele a estrangula. Em seguida, ele assume a identidade de um professor dinamarquês, chamado Per Lundquist, e se dirige à estação ferroviária onde pega um trem para Paris.
Depois que o corpo de Madame de Montpellier é descoberto e seu carro recuperado na estação de trem, Lebel inicia uma caçada, não mais prejudicada por questões de sigilo. Enquanto isso, em uma casa de banhos gay, Chacal permite que um dos presentes o convide para pernoitar em seu apartamento. No dia seguinte, ele mata seu hospedeiro depois que este toma conhecimento, através de uma transmissão de televisão, que Lundquist está sendo procurado por assassinato.
Enquanto isso, em uma reunião no gabinete do ministro do Interior, Lebel afirma que Chacal tentará atirar em De Gaulle três dias depois, durante uma cerimônia em homenagem aos membros da Resistência Francesa. Mais tarde, ele ouve a gravação de um telefonema, no qual a amante de St. Clair dá informações ao seu contato na OEA. Algum tempo depois, quando Denise retorna ao apartamento de St. Clair, ela descobre que ele se matou e que a polícia está à sua espera.
No Dia da Libertação, Chacal, disfarçado de um idoso amputado, entra no prédio que escolhera anteriormente. Ele monta seu rifle, que se achava desmontado e escondido em uma de suas muletas, e espera em uma janela de um apartamento superior. Quando Lebel descobre que um policial permitiu que um homem atravessasse o cordão de isolamento, os dois correm para o prédio onde se encontra Chacal. Quando De Gaulle entrega a primeira medalha, Chacal dispara, mas erra porque o presidente se inclina para beijar o receptor na bochecha. Logo em seguida, Lebel e o policial entram no recinto em que Chacal se encontra, ocasião em que o assassino profissional atira no policial e é morto por Lebel.
Chacal é enterrado em um túmulo sem identificação. Em seguida, ao procurar o apartamento de Charles Calthrop, a polícia é confrontada por seu ocupante, que insiste em acompanhá-los à Scotland Yard. Mais tarde ele é liberado, levantando a questão: se Chacal não era Calthrop, quem diabos era ele?"
Comentários
Realizado pelo cineasta Fred Zinnemann, a partir de um roteiro escrito por Kenneth Ross, “O Dia do Chacal” é um filme produzido pelas empresas John Woolf Productions, Warwick Film Productions Limited e Universal Productions France S.A., em 1973. Sua trama, baseada num livro de Frederick Forsyth, fala de um assassino profissional conhecido apenas como o “Chacal”, que é contratado para assassinar o presidente francês Charles de Gaulle no verão de 1962.
A direção de Zinnemann é consistentemente boa, apresentando um ótimo ritmo do início ao fim. Os diálogos são inteligentes, dentro de um roteiro muito bem estruturado e marcado por uma boa dose de suspense. Na área técnica, merece igualmente elogios a excelente fotografia, a cargo de Jean Tournier, com locações na França, Itália e Inglaterra. No elenco, destacam-se as atuações de Edward Fox, Michael Lonsdale e Delphine Seyrig.
Enfim, por todas essas qualidades, considero “O Dia do Chacal” um filme que merece ser visto por todo apreciador de um bom cinema.
CAA