A FESTA DE BABETTE (1987)
Babettes gaestebudOutros Títulos: | Le festin de Babette (França, Canadá) Il pranzo di Babette (Itália) Babette's feast (Estados Unidos) El festín de Babette (Espanha, México) La fiesta de Babette (Argentina) Babettes Fest (Alemanha, Austria) Babette lakomája (Hungria) Babetina gozba (Sérvia) |
Pais: | Dinamarca |
Gênero: | Drama, Música |
Direção: | Gabriel Axel |
Roteiro: | Gabriel Axel |
Produção: | Just Betzer, Bo Christensen |
Design Produção: | Sven Wichmann |
Música Original: | Per Norgaard |
Coreografia: | Niels Bjørn Larsen |
Fotografia: | Henning Kristiansen |
Edição: | Finn Henriksen |
Figurino: | Karl Lagerfeld, Annelise Hauberg, Pia Myrdal |
Maquiagem: | Bente Møller, Lydia Pujols, Aase Tarp e outros |
Efeitos Sonoros: | Michael Dela, John Nielsen, Bjarne Risbjerg e outros |
Efeitos Especiais: | Henning Bahs |
Nota: | 9.3 |
Filme Assistido em: | 1989 |
Stéphane Audran | Babette |
Bodil Kjer | Filippa |
Birgitte Federspiel | Martina |
Jarl Kulle | General Lorens Löwenhielm |
Jean-Philippe Lafont | Achille Papin |
Bibi Andersson | Mulher sueca |
Ghita Norby | Narrador |
Asta Esper Hagen Andersen | Anna |
Thomas Antoni | Tenente sueco |
Viggo Bentzon | Pescador |
Lars Lohmann | Pescador |
Vibeke Hastrup | Martina, quando jovem |
Therese Hojgaard Christensen | Martha |
Pouel Kern | O Ministro |
Tine Miehe-Renard | Mulher de Löwenhielm |
Lisbeth Movin | A viúva |
Holger Perfort | Karlsen |
Else Petersen | Solveig |
Erik Petersen | Erik |
Ebbe Rode | Christopher |
Preben Lerdorff Rye | O Capitão |
Gudmar Klöving | Lorens Löwenhielm, quando jovem |
Hanne Stensgaard | Filippa, quando jovem |
Ebba With | Tia de Löwenhielm |
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira (Just Betzer, Bo Christensen, Gabriel Axel)
Associação dos Críticos de Cinema da Argentina
Condor de Prata de Melhor Filme Estrangeiro (Gabriel Axel)
Festival Internacional de Cannes, França
Prêmio do Júri Ecumênico (Gabriel Axel)
Sindicato dos Jornalistas Críticos de Cinema, Itália
Prêmio Fita de Prata de Melhor Atriz Estrangeira (Stéphane Audran)
Círculo dos Críticos de Cinema de Kansas City, USA
Prêmio de Melhor Filme Estrangeiro
Círculo de Críticos de Cinema de Londres, Inglaterra
Prêmio Filme em Língua Estrangeira do Ano
Prêmio Atriz do Ano (Stéphane Audran)
Festival Robert de Copenhague, Dinamarca
Robert de Melhor Atriz (Stéphane Audran)
Festival do Cinema Nórdico de Rouen, França
Prêmio do Grande Júri (Gabriel Axel)
Prêmio do Público (Gabriel Axel)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Direção (Gabriel Axel)
Prêmio de Melhor Filme (Just Betzer, Bo Christensen)
Prêmio de Melhor Fotografia (Henning Kristiansen)
Prêmio de Melhor Roteiro Adaptado (Gabriel Axel)
Prêmio de Melhor Atriz (Stéphane Audran)
Prêmios César - Academia das Artes do Cinema, França
César de Melhor Filme da União Européia (Gabriel Axel)
Sindicato dos Jornalistas Críticos de Cinema, Itália
Prêmio Fita de Prata de Melhor Diretor de Filme Estrangeiro (Gabriel Axel)
A fim de escapar da sórdida repressão da Paris de 1871, Babette desembarca, em meio a uma tempestade, na costa selvagem da Dinamarca.
Na pequena aldeia de Jutland, ela procura as irmãs Martina e Philippa, senhoras muito puritanas, filhas do pastor da região, e lhes apresenta uma carta de recomendação de Achille Papin, um cantor de ópera que, no passado, fora professor de canto de Philippa. Em sua carta, Papin lhes pede que acolham Babette em sua casa. Por sua vez, esta lhes pede para trabalhar como criada, tendo em troca apenas um quarto para morar. Depois de muito pensarem, principalmente pelo fato de Babette ser católica, elas terminam a aceitando. Em pouco tempo, Babette se integra à austera tradição protestante da comunidade.
Quatorze anos depois, ela ganha 10.000 francos na loteria, o que vai lhe permitir voltar à sua pátria. Entretanto, o inesperado acontece. Babette resolve gastar todo seu dinheiro em um jantar tipicamente francês, a fim de comemorar dignamente o centenário de nascimento do falecido pastor, mesmo que para isso tenha que passar o resto de seus dias vivendo como criada das irmãs protestantes.
Os doze convidados para o jantar, tendo sempre vivido em Jutland e sendo pessoas simples, não conheciam nada sobre a culinária francesa e, menos ainda, sobre os pratos sofisticados que eram servidos no Café Anglais, lugar onde Babette trabalhara como cozinheira.
Assim, com a habilidade de fazer as pessoas sentirem prazer através do paladar, Babette faz com que o jantar se transforme num verdadeiro banquete que as duas irmãs e os habitantes da pequena aldeia jamais esquecerão.
"A Festa de Babette" é um delicioso filme sobre amor, fé, sacrifício e, naturalmente, o prazer do alimento.
Os cenários e as locações são exuberantes. A atriz francesa, Stéphane Audran interpreta com perfeição a enigmática Babette. Bibi Andersson tem uma breve atuação. Birgitte Federspiel e Bodil Kjer, como as irmãs Martina e Philippa, estão encantadoras.
O filme é repleto de simbolismos cristãos. O banquete em memória do pastor é uma alusão clara à "Última Ceia" e, por extensão, à liturgia cristã. Para o mesmo, sentam-se à mesa doze pessoas, representando os doze apóstolos. Babette é claramente uma imagem de Cristo: pobre, ela chega misteriosamente a uma pequena comunidade, trabalha como criada e, no final, presenteia a todos com um lauto banquete. Por outro lado, o prato principal servido por Babette chama-se "Codorna no Sarcófago": Codorna significando "maná" (alimento espiritual de origem divina que consola a alma); e Sarcófago, palavra vinda do latim, 'sarcophagus', que significa "aquele que come carne". Assim, o prato principal é uma evidente alusão às palavras de Cristo: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come deste pão, viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha vida" (João 6, 51).