CHAGA DE FOGO (1951)
Detective storyOutros Títulos: | História de um detective (Portugal) Histoire de détective (França, Bélgica) Brigada 21 (Espanha) La antesala del infierno (Uruguai) Pietà per i giusti (Itália) Polizeirevier (Alemanha, Austria) Polisstation 21 (Suécia) Детективная история (União Soviética) |
Pais: | Estados Unidos |
Gênero: | Filme Noir, Policial |
Direção: | William Wyler |
Roteiro: | Philip Yordan, Robert Wyler |
Produção: | William Wyler |
Música Não Original: | Victor Young, Miklós Rózsa |
Fotografia: | Lee Garmes |
Edição: | Robert Swink |
Direção de Arte: | Hal Pereira, Earl Hedrick |
Figurino: | Edith Head |
Maquiagem: | Wally Westmore |
Efeitos Sonoros: | Leon Becker, Hugo Grenzbach, John Cope |
Efeitos Especiais: | Farciot Edouart |
Nota: | 9.1 |
Filme Assistido em: | 1953 |
Kirk Douglas | Detetive James McLeod |
Eleanor Parker | Mary McLeod |
William Bendix | Det. Lou Brody |
Cathy O'Donnell | Susan Carmichael |
George Macready | Dr. Karl Schneider |
Horace McMahon | Ten. Monaghan |
Gladys George | Srta. Hatch |
Joseph Wiseman | Charley Gennini |
Lee Grant | Ladra |
Gerald Mohr | Tami Giacoppetti |
Frank Faylen | Det. Gallagher |
Craig Hill | Arthur Kindred |
Michael Strong | Lewis Abbott |
Luis Van Rooten | Joe Feinson, repórter |
Bert Freed | Det. Dakis |
Warner Anderson | Advogado Endicott Sims |
Grandon Rhodes | Det. O'Brien |
William Phillips | Det. Pat Callahan |
Russell Evans | Patrulheiro |
Pat Flaherty | Sargento |
Catherine Doucet | Sra. Farragut |
Ann Codee | Francesa |
Donald Kerr | Taxista |
Festival Internacional de Cannes, França
Prêmio de Melhor Atriz (Lee Grant)
Prêmios Edgar Allan Poe
Prêmio de Melhor Filme (Philip Yordan, Robert Wyler, Sidney Kingsley)
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Direção (William Wyler)
Oscar de Melhor Roteiro (Robert Wyler, Philip Yordan)
Oscar de Melhor Atriz (Eleanor Parker)
Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Lee Grant)
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Filme (Estados Unidos)
Festival Internacional de Cannes, França
Grand Prix do Festival (William Wyler)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme - Drama
Prêmio de Melhor Ator em um Drama (Kirk Douglas)
Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante (Lee Grant)
Grêmio dos Diretores da América
Prêmio por Direção Excepcional (William Wyler)
Grêmio dos Roteiristas da América
Prêmio de Melhor Roteiro de um Drama Americano (Philip Yordan, Robert Wyler)
Na 21ª Delegacia de Polícia de Nova York, começa a rotina de mais um dia de trabalho. Aos poucos, as ocorrências vão se sucedendo, a maioria ligada a pequenos casos de roubos e furtos, como o do jovem Arthur Kindred, que roubou US$ 680 de seu chefe, ou de uma jovem que furtou uma pequena bolsa de US$ 6 de uma Loja de Departamentos.
Entre os policiais que lá trabalham, um em especial é o exemplo do detetive durão, cruel, vingativo. É Jim McLeod. Traumatizado por ter tido um pai criminoso, a quem culpa pela morte da mãe num manicômio, Jim não tem compaixão de ninguém. Até mesmo no caso de Arthur, em que o chefe chega à Delegacia para retirar a queixa, ele se nega a atendê-lo, por julgar que, assim o fazendo, estará dando oportunidade ao jovem de vir a praticar crimes cada vez maiores. Seu alvo principal, entretanto, é o Dr. Karl Schneider, um médico obstetra que ele acredita ser responsável pela morte de várias jovens grávidas.
Quando o advogado de Schneider, Dr. Endicott Sims, procura o tenente Monaghan para informar que seu cliente está disposto a se apresentar à Delegacia, deixa claro que ele só o fará se lhe for dada a garantia de que McLeod não porá as mãos nele. Sims dá a entender que o detetive tem sede de vingança por conta de um caso antigo envolvendo sua esposa e Schneider.
Preocupado, Monaghan procura verificar o que há de verdade nas insinuações de Sims e descobre que, no passado, Mary, esposa de McLeod, ficou grávida de um tal de Tami Giacoppetti e que a criança morreu nas mãos de Schneider. Sem que o detetive tome conhecimento, Monaghan convida Mary a comparecer ao seu gabinete onde, depois de negar veementemente que tivera um filho antes de conhecer Jim, termina voltando atrás quando Giacoppetti entra na sala. Chorando, ela pede que não digam nada a Jim, pois ele desconhece tal fato. Monaghan, entretanto, acredita que Jim sabe de tudo, única justificativa para a incansável perseguição do detetive ao médico.
Jim é chamado à sala de Monaghan onde, por suas reações diante da situação criada, fica claro para todos que ele realmente não sabia absolutamente nada sobre esse passado de Mary. Indo com a esposa para uma sala reservada, os dois têm uma longa conversa sobre o assunto, a qual termina com Mary decidida a deixá-lo, tamanha a incompreensão e intolerância do marido.
Seus colegas tentam convencê-lo de que Mary é uma esposa exemplar e que ele precisa modificar sua atitude para com ela. Pouco tempo depois, ela retorna à Delegacia para devolver as chaves da casa e dizer-lhe que suas malas já estão num táxi a esperá-la. A essa altura, ele lhe pede desculpas e lhe diz que não conseguirá viver sem ela. Os dois voltam às boas, beijam-se mas, logo a seguir, ela sente que, se ficar, vai passar o resto da vida ouvindo Jim passar na cara esse seu passado. Assim, toma a decisão definitiva de abandoná-lo, afastando-se.
De volta ao trabalho, Jim continua o processo de indiciamento de Arthur quando um criminoso, que se acha no local, aproveita o descuido dos policiais e, tomando uma arma, ameaça a todos. Embora seus colegas o aconselhem a se manter calmo, Jim decide enfrentá-lo, caminhando em direção a ele, sendo por este mortalmente ferido com várias balas à queima roupa. Antes de morrer, pede ao Det. Lou Brody que rasgue a ficha de indiciamento de Arthur e o solte.
Baseado na peça "Plantão 21" do escritor Sidney Kingsley, "Chaga de Fogo" é mais um excelente filme-noir do cinema americano dos anos 50. Produzido e dirigido pelo grande e veterano cineasta William Wyler, trata da rotina de uma Delegacia de Polícia de Nova York ao longo de todo um dia.
Wyler realiza um magnífico trabalho narrativo, que chega a beirar o documentário. O roteirista Philip Yordan, ao apresentar uma trama abundante em diálogos, mostra a origem teatral da obra. O ritmo imposto é perfeito, mantendo o espectador atento do início ao fim da projeção.
A fotografia em preto-e-branco de Lee Garmes é também um ponto alto do filme, assim como, a escolha de seu elenco, onde brilham por suas magníficas atuações, os atores Kirk Douglas, Eleanor Parker, Lee Grant e William Bendix.
CAA