ÚLTIMO TANGO EM PARIS (1972)
Ultimo tango à ParigiOutros Títulos: | Le dernier tango à Paris (França) Last Tango in Paris (UK / USA) El último tango en París (Espanha, México) Der letzte tango in Paris (Alemanha) Sista tangon i Paris (Suécia) Ostatnie tango w Paryzu (Polônia) Viimeinen tango Pariisissa (Finlândia) Sidste tango i Paris (Dinamarca) |
Pais: | Itália, França |
Gênero: | Drama, Romance |
Direção: | Bernardo Bertolucci |
Roteiro: | Bernardo Bertolucci, Franco Arcalli |
Produção: | Alberto Grimaldi |
Design Produção: | Philippe Turlure |
Música Original: | Gato Barbieri |
Direção Musical: | Oliver Nelson |
Fotografia: | Vittorio Storaro |
Edição: | Roberto Perpignani, Franco Arcalli |
Figurino: | Gitt Magrini |
Maquiagem: | Maud Begon, Phil Rhodes |
Efeitos Sonoros: | Antoine Bonfanti, Michael Billingsley, Luciano Anzellotti, M. Billingsley |
Nota: | 8.6 |
Filme Assistido em: | 1973 |
Marlon Brando | Paul |
Maria Schneider | Jeanne |
Maria Michi | Mãe de Rosa |
Giovanna Galletti | Prostituta |
Gitt Magrini | Mãe de Jeanne |
Catherine Allégret | Catherine |
Luce Marquand | Olympia |
Marie-Hélène Breillat | Monique |
Catherine Breillat | Mouchette |
Jean-Pierre Léaud | Tom |
Massimo Girotti | Marcel |
Veronica Lazar | Rosa |
Rachel Kesterber | Christine |
Ramón Mendizábal | Maestro da Orquestra de Tangos |
Mimi Pinson | Presidente do Júri de Tangos |
Gérard Lepennec | Dançarino |
Stéphane Koziak | Dançarina |
Mauro Marchetti | Cameraman da TV |
Prêmios David di Donatello, Itália
David Especial (Maria Schneider)
Sindicato dos Jornalistas Críticos de Cinema, Itália
Prêmio Fita de Prata de Melhor Diretor de Filme Italiano (Bernardo Bertolucci)
Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA
Prêmio de Melhor Ator (Marlon Brando)
Prêmios Cálices de Ouro, Itália
Prêmio Cálice de Ouro de Melhor Direção (Bernardo Bertolucci)
Sociedade Nacional dos Críticos de Cinema dos Estados Unidos
Prêmio de Melhor Ator (Marlon Brando)
Prêmios Golden Screen, Alemanha
Prêmio Golden Screen
Prêmios Grammy, EUA
Grammy de Melhor Composição Instrumental escrita para o Cinema ou Televisão (Gato Barbieri)
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Direção (Bernardo Bertolucci)
Oscar de Melhor Ator (Marlon Brando)
Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra
Prêmio de Melhor Ator (Marlon Brando)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme - Drama
Prêmio de Melhor Direção (Bernardo Bertolucci)
Grêmio dos Diretores da América
Prêmio por Direção Excepcional (Bernardo Bertolucci)
Prêmios Grammy, EUA
Grammy de Melhor Album da Trilha Sonora de um Filme (Gato Barbieri)
Sociedade Nacional dos Críticos de Cinema dos Estados Unidos
Prêmio de Melhor Filme
Prêmio de Melhor Atriz (Maria Schneider)
Jeanne é uma bela jovem parisiense que está para se casar com Tom, um diretor de cinema que trabalha na realização de um documentário, denominado "Retrato de uma Jovem", onde a jovem é ela. Ao procurar um apartamento para alugar, Jeanne encontra Paul, um expatriado americano que acaba de perder a esposa por suicídio. De repente, ele a toma nos braços e, sem revelarem seus nomes, os dois iniciam uma tórrida relação sexual, após o que, sem se falarem, deixam o local e cada um segue seu caminho.
Jeanne vai ao encontro do noivo, enquanto Paul passa pelo pequeno hotel, de sua propriedade, onde encontra uma camareira terminando de limpar o local onde se deu o suicídio.
Ao retornar ao apartamento para devolver uma das chaves, Jeanne reencontra Paul, a essa altura mobiliando o mesmo. Ela pergunta seu nome e ele lhe responde que não tem, bem como, que não quer saber o dela, nem onde ela mora. Segundo ele, os dois vão passar a se encontrar naquele local, sem procurarem saber o que acontece lá fora. Assim, voltam a fazer sexo.
Numa segunda passagem pelo hotel, Paul encontra-se com sua sogra, que veio à Paris para os funerais da filha. Os dois conversam sobre o ocorrido, mas Paul se torna violento quando a sogra fala na realização de uma cerimônia religiosa. A seguir, ele passa algum tempo no velório de sua mulher, onde chora e desabafa com ela problemas que o incomodam como sua infidelidade nos últimos doze meses.
Ao voltar ao apartamento, Jeanne o encontra sem os móveis. Por telefone, pede a Tom que vá até lá para dar uma opinião sobre o imóvel. Ele o acha grande e sai dizendo-lhe que vai procurar um que sirva para eles.
Na rua, Jeanne reencontra Paul, oportunidade em que ele a convida a recomeçarem tudo, agora com amor e com tudo o que eles têm direito. Ele lhe diz que tem 45 anos, é viúvo e tem um pequeno hotel. Em seguida, os dois entram numa Casa de Tangos, onde se realiza um concurso de danças. Mais uma vez, ele insiste em passarem a viver juntos, pois tem certeza que a ama. Ele a puxa para o salão e começam a dançar, atrapalhando a realização do concurso. Depois que são convidados a se retirarem, ela decide acabar definitivamente com a relação e vai embora.
Inconformado, Paul a segue até o apartamento dela onde, mais uma vez, declara seu amor por ela. Ao perguntar-lhe seu nome, ela responde que se chama Jeanne e, em seguida, o mata com um tiro de revólver. Ainda com a arma na mão, ela fala sozinha dizendo que nem sabe quem ele é, qual o seu nome...
"O Último Tango em Paris" é um ótimo filme franco-italiano. Realizado pelo cineasta Bernardo Bertolucci, o filme trata de uma relação fundamentalmente destrutiva, entre um homem e uma mulher.
A direção de Bertolucci é simplesmente fantástica, provando ser um cineasta capaz de usar a audácia de Jean-Luc Godard e o estilo de Ingmar Bergman. A fotografia de Vittorio Storaro é um outro quesito a ser destacado.
Trata-se de um filme erótico, às vezes perturbador, mas nunca pornográfico. A primeira investida de Paul contra Jeanne, em seu primeiro encontro, por exemplo, mostra uma reação irracional de um homem que passa pela dor, raiva e confusão provocadas pelo recente suicídio de sua esposa. Não entendendo as razões que a levaram à infidelidade e ao suicídio, ao se deparar com uma jovem de 20 anos, ele vislumbra a possibilidade de formar uma nova relação, onde as normas sejam ditadas por ele.
A atuação de Marlon Brando é marcante, intensa, eclipsando todos os demais protagonistas e dominando o filme do início ao fim. Tal fato, entretanto, não tira o mérito do trabalho apresentado por Maria Schneider, corajoso e emocionalmente difícil.
CAA