Sinopse
Em abril de 1886, com a rendição de Geronimo, seus guerreiros Apaches são embarcados para a Flórida. Para Chefe da reserva indígena, é indicado Santos, um índio de mais idade, pai da bela Nalinle.
Numa das paradas do trem, Massai, um guerreiro contrário à rendição, consegue fugir. Longe de suas terras, ele inicia uma penosa viagem a pé de volta à reserva. Em sua caminhada, passa por Oklahoma, onde conhece uma família de índios Cherokees e toma conhecimento da forma como eles e o branco convivem em paz. Os Cherokees trabalham para si mesmos e não para o branco, plantando e colhendo seu próprio alimento.
Certo dia, quando Nalinle entra em sua tenda, encontra Massai. Este conta a Santos e à sua filha o que vira em Oklahoma em relação ao modo de vida dos Cherokees. Ao mostrar umas sementes de milho que trouxera consigo, afirma que ali está o segredo para uma nova vida na reserva.
Delatado por Hondo, Massai é preso por Weddle e seus homens quando se achava dormindo. Nalinle vai até a prisão para dizer que Massai não é mais o guerreiro perigoso e sim um índio que acredita na convivência pacífica entre indígenas e o homem branco, como testemunhara ao passar pela comunidade Cherokee. O Ten. Coronel Beck e Weddle não acreditam nas palavras de Nalinle e planejam mandá-lo novamente para a Flórida.
Assim, na companhia de três outros prisioneiros, Massai é levado numa carroça para uma cidade próxima, a fim de pegar o trem. No caminho, Weddle e seus homens soltam os prisioneiros para forjar uma fuga e justificar suas mortes. Quando apontam um rifle para um deles, os outros são mais rápidos, viram a carroça e matam todos, com exceção de Weddle.
Alegando não querer a companhia de ladrões e assassinos, Massai parte sozinho, ataca de surpresa uma carroça com quatro soldados, tomando um rifle e um cavalo. Revoltado, passa a desenvolver atividades de sabotagem, cortando fios do telégrafo e destruindo pontes. Em seguida, vai até a reserva indígena, ameaça Santos e seqüestra Nalinle, obrigando-a a trabalhar por vários dias sem comida nem água.
Certo dia, quando Sieber e seus soldados se aproximam, Nalinle os vê e avisa Massai sobre suas presenças. Mesmo assim, ele a trata mal e a abandona sozinha. Quando voltam a se encontrar, ela se acha fraca e confessa seu amor por ele. Ele a despreza, alegando não ter espaço em seu coração para dedicar a um relacionamento amoroso. Ela não desiste e termina fazendo com que ele ceda. Pouco tempo depois, ela fica grávida.
Preocupado com o filho que está para chegar, Massai decide se estabelecer nas montanhas, onde passa a plantar trigo, com a ajuda da mulher. Meses depois, ao observar que a Cavalaria está vindo em sua direção, ele se prepara para enfrentá-la, embora não tenha condições de fazê-lo. Mesmo assim, luta até ser ferido, quando se arrasta para dentro de sua plantação de milho. Os soldados cercam o milharal até que o choro de um recém-nascido é ouvido por todos.
Sob o olhar dos que se acham presentes, ele se dirige até a pequena cabana para ver seu filho. O Coronel Beck e Al Sieber comentam que tudo indica que Massai desistiu finalmente da guerra. Enfatizam que ele plantou milho e o fez crescer, algo que um apache nunca fizera antes.
Comentários
Baseado no livro "Bronco Apache" de Paul Wellman, "Apache" é um bom filme, principalmente para os fãs de faroeste. Realizado pelo cineasta Robert Aldrich, o filme narra a história do último guerreiro Apache, após a rendição de Geronimo.
A produção não é nada espetacular, mas mesmo assim se destaca pelo seu roteiro e pelas ótimas atuações de Burt Lancaster e Jean Peters, numa trama que mistura ação e romance. Na realidade, Lancaster domina o filme, muito embora sua figura não convença muito como um verdadeiro Apache. Jean Peters, como sempre, acha-se radiante no papel de Nalinle, a mulher que acredita fielmente que nunca houve um chefe como Massai.
O final, embora surpreendente, segue a clássica linha hollywoodiana.
CAA