FARRAPO HUMANO (1945)
The lost weekendOutros Títulos: | Le poison (França, Bélgica) Giorni perduti (Itália) Días sin huella (Espanha, Argentina, México) Das verlorene wochenende (Austria, Alemanha) Förspillda dagar (Suécia) Forspilte dager (Noruega) Forspildte dage (Dinamarca) Stracony weekend (Polônia) Férfiszenvedély (Hungria) Потерянный уик-энд (União Soviética) |
Pais: | Estados Unidos |
Gênero: | Drama |
Direção: | Billy Wilder |
Roteiro: | Billy Wilder, Charles Brackett |
Produção: | Charles Brackett |
Música Original: | Miklós Rózsa |
Direção Musical: | Victor Young |
Fotografia: | John F. Seitz |
Direção de Arte: | Hans Dreier, A. Earl Hedrick |
Figurino: | Edith Head |
Maquiagem: | Wally Westmore |
Efeitos Sonoros: | Stanley Cooley, Joel Moss |
Efeitos Especiais: | Gordon Jennings |
Efeitos Visuais: | Farciot Edouart |
Nota: | 9.4 |
Filme Assistido em: | 1953 |
Ray Milland | Don Birnam |
Jane Wyman | Helen St. James |
Phillip Terry | Wick Birnam |
Howard Da Silva | Nat |
Doris Dowling | Gloria |
Frank Faylen | Nolan |
Mary Young | Senhoria |
Anita Sharp-Bolster | Arrumadeira |
Lillian Fontaine | Sra. Charles St. James |
Lewis L. Russell | Charles St. James |
Helen Dickson | Sra. Frink |
Gisela Werbisek | Sra. Wertheim |
Emmett Vogan | Médico |
James Millican | Enfermeiro |
Gene Ashley | Enfermeiro |
Stan Johnson | Enfermeiro |
Eddie Laughton | Sr. Brophy, proprietário da Loja de Bebidas |
Max Wagner | Max |
Craig Reynolds | George |
Harry Barris | Pianista |
David Clyde | Zelador |
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Filme
Oscar de Melhor Direção (Billy Wilder)
Oscar de Melhor Roteiro (Charles Brackett, Billy Wilder)
Oscar de Melhor Ator (Ray Milland)
Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA
Prêmio de Melhor Filme
Prêmio de Melhor Direção (Billy Wilder)
Prêmio de Melhor Ator (Ray Milland)
Festival Internacional de Cannes, França
Grand Prix do Festival (Billy Wilder)
Prêmio de Melhor Ator (Ray Milland)
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme - Drama
Prêmio de Melhor Direção (Billy Wilder)
Prêmio de Melhor Ator em um Drama (Ray Milland)
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Fotografia em Preto e Branco (John F. Seitz)
Oscar de Melhor Edição (Doane Harrison)
Oscar de Melhor Trilha Sonora de uma Comédia ou Drama (Miklós Rózsa)
Don Birnam é um escritor alcoólatra que vive em Nova York. Entretanto, face ao terrível vício, ele vem sofrendo de um bloqueio que o impede de escrever, além de perder tudo: dinheiro, posição social e dignidade. Numa tentativa de ajudá-lo, seu irmão Wick e sua namorada, Helen St. James, planejam um final de semana prolongado fora de Nova York.
Antes de partirem, alegando precisar de um tempo para se recompor, Don sugere que Wick e Helen assistam ao concerto sinfônico daquela tarde no Carnegie Hall. Wick se certifica que Don vai ficar sem nenhuma garrafa de bebida alcoólica em casa.
Na ausência deles, no entanto, Don apanha US$ 10 que Wick deixou para pagar a arrumadeira e vai até o Bar do Nat para tomar uns goles. Quando Wick e Helen voltam ao apto., verificam que Don não se encontra em casa. Ela receia que Wick o abandone nesse final de semana, já que ela vai estar ocupada, trabalhando na editoria da Revista Time.
Embriagado e meia-hora atrasado, Don chega em casa exatamente quando Wick pega um táxi e parte sozinho para o campo. Evitando Helen, Don sobe as escadas e se tranca com duas garrafas que comprara na rua. Na manhã seguinte, ele encontra um bilhete de Helen pedindo-lhe para que se alimente bem e lhe telefone.
Entretanto, ele volta ao Bar do Nat ávido por um novo drink. A falta de dinheiro para a bebida faz com que ele resolva empenhar sua máquina de escrever, seu instrumento de trabalho, mas não o consegue porque as lojas estão fechadas devido ao feriado judeu. Resolve, então, ir até o apto. de Gloria, uma garota de programa sua amiga, que lhe dá uma nota de US$ 5. Entretanto, antes de usá-la com bebida, ele cai da escada e acorda na ala de desintoxicação do Hospital Bellevue, onde um enfermeiro lhe fala sobre os efeitos do álcool, entre eles o ‘delirium tremens’. Ao surgir uma oportunidade, ele rouba a capa de um médico, veste-a por cima do pijama e vai pra casa.
No caminho, rouba uma garrafa de bebida alcoólica, numa loja. Já em casa, depois de passar o dia consumindo álcool, ele entra numa crise de 'delirium tremens', ao ver um morcego imaginário rondando sua cabeça, até conseguir sugar um rato na parede. Quando Helen chega, o encontra esparramado no chão, murmurando sobre as terríveis alucinações que tivera.
Na manhã seguinte, ele apanha o casaco de pele de Helen e sai em direção à loja de empenho. Helen o segue e, lá, toma conhecimento que, ao empenhar o casaco, ele não levou dinheiro e sim uma arma. De volta ao apto, ele escreve um bilhete de despedida para o irmão e, quando está para apertar o gatilho, Helen chega e consegue evitar o suicídio. Com muita dificuldade, ela finalmente consegue dissuadi-lo da idéia de se matar e, ao mesmo tempo, fazer com que ele retome seu romance 'The Bottle' ('A Garrafa'), descrevendo suas próprias experiências com a bebida, como forma de exorcizar seus demônios.
"Farrapo Humano", baseado no romance de Charles R. Jackson, é considerado como um dos melhores filmes realizados por Hollywood sobre os problemas do alcoolismo. Ray Milland, numa atuação magistral, dá um incontestável tom de realismo ao filme, sem fazer apologia ao álcool.
É bem verdade que, para isso, ele conta com um roteiro de primeiríssima qualidade e, acima de tudo, com a impecável direção de Billy Wilder. O restante do elenco apresenta-se bem, embora não possa classificar as demais interpretações como excepcionais.
Associando a todas essas qualidades, o fato do filme apresentar ainda uma ótima trilha sonora e uma maravilhosa fotografia em preto-e-branco, posso concluir dizendo que "Farrapo Humano" é mais uma pérola do cinema norte-americano.
CAA