Sinopse
Em 1942, durante um julgamento no Tribunal Militar em uma Base do corpo de fuzileiros navais em San Diego, o Sargento James O'Hearn está sendo julgado, acusado de deserção, roubo, conduta escandalosa e destruição de bens em tempos de guerra. Ele se recusa a testemunhar ou se declarar culpado ou não culpado pelas acusações.
A primeira testemunha a depor é Orville Masterson, contramestre da Marinha que afirma ter visto O'Hearn pela primeira vez com uma corista, Ginger Martin, em uma jangada perto de Guadalcanal. Ele continua dizendo que O'Hearn, estava perto da morte e delirando, quando o encontrou, dizendo que ele e um amigo haviam destruído a marinha japonesa sozinhos. Em seguida, Ginger conta como ela conheceu O'Hearn e seu amigo, o fuzileiro naval Davey White, em Xangai, duas semanas antes do ataque à Pearl Harbor. Com o início da guerra, os fuzileiros navais receberam ordens para deixar a China, ocasião em que White propôs casamento à ela porque, como sua esposa, ela poderia deixar o país imediatamente.
Antes da cerimônia, no entanto, os dois fuzileiros começam a lutar com os nativos e fogem com Ginger a bordo de um pequeno barco a motor. Eles acabam em Namou, uma ilha francesa onde, para não serem presos, convencem o governador Pierre Marchand, pro-Eixo, de que são desertores. Eles são, então, alojados em um hotel barato dirigido Lillie Duval e suas três sobrinhas. Quando um iate supostamente holandês chega à ilha, O'Hearn tenta reservar passagem, mas o capitão Van Dorck se recusa a correr o risco. Pouco depois, no entanto, ele descobre que Van Dorck é na verdade um nazista instalando estações de radar nas ilhas de Guadalcanal. Preocupado, O'Hearn planeja apoderar-se do iate com a ajuda de expatriados como o marinheiro Donovan, o ladrão de Banco, Smith, e franceses liberados de uma prisão. Por outro lado, White se recusa a se juntar ao grupo, preferindo permanecer na ilha com Ginger. Tal fato, no entanto, faz com que ela passe a ter dúvidas em relação ao seu relacionamento com ele.
De volta ao julgamento no Tribunal Militar, O'Hearn, que se recusava a testemunhar, quebra o silêncio e passa a descrever o que ocorreu em seguida:
Quando Van Dorck e um grupo de busca o encontram, O’Hearn consegue matar todos. Em seguida, ele e seus homens derrubam o governador e carregam o arsenal da ilha no iate, com a intenção de se juntarem às forças aliadas na batalha de Guadalcanal. Com uma arma apontada para White, O'Hearn o força a embarcar. Ginger, por sua vez, consegue embarcar como clandestina.
Em alto mar, O'Hearn descobre Ginger escondida, mas uma frota japonesa de embarcações de desembarque, escoltadas por um destróier, capta sua atenção. Navegando com a bandeira holandesa, o iate chega perto o suficiente para destruir os dispositivos de navegação, artilharia e comunicação do destróier. Na batalha que se segue, a maioria da tripulação japonesa é morta e, quando o destróier se aproxima do iate, White, tendo recuperado seu espírito combativo, pula a bordo do mesmo e joga explosivos em sua chaminé, explodindo-o ao custo de sua própria vida. No final, somente O'Hearn e Ginger conseguem sobreviver, sendo resgatados pela Marinha.
Ao final do julgamento, a corte absolve O'Hearn e recomenda que, em homenagem ao heroísmo demonstrado pelo soldado Davey White, que lhe seja concedida a Medalha de Honra Póstuma.
Comentários
Realizado pelo cineasta Arthur Lubin, a partir de um roteiro escrito por Edwin Blum, “Pecadores dos Mares do Sul” é um filme norte-americano produzido pela Warner Brothers em 1953. Sua trama, baseada numa obra de William Rankin, acompanha o julgamento de um sargento do corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos, quando o mesmo é acusado de deserção e de outros crimes praticados durante a 2ª Guerra Mundial, na campanha de Guadalcanal, no Pacífico Sul.
A direção de Lubin se mostra apenas razoável. Por outro lado, a fotografia de Ted McCord e a trilha sonora, a cargo de David Buttolph, merecem elogios. No elenco, Chuck Connors brilha no papel do soldado Davey White, seguido pela boa atuação de Virginia Mayo. Embora não decepcione, a atuação de Burt Lancaster se mostra bem aquém daquela por ele apresentada, nesse mesmo ano, no filme “A um Passo da Eternidade”.
CAA